Livro mostra processo de urbanização em região no centro da cidade de São Paulo entre os séculos 19 e 20
Agência FAPESP – O Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou, em coedição com a Imprensa Oficial, o livro Os Cortiços de Santa Ifigênia: sanitarismo e urbanização, organizado por Simone Lucena Cordeiro, diretora do Centro de Acervo Permanente do Arquivo.
O livro foi elaborado a partir do Relatório da comissão de exame e inspecção das habitações operárias e cortiços no districto de Sta Ephigenia, documento de 1893 que faz parte do acervo permanente do Arquivo.
O relatório foi escrito em uma época de grande crescimento de São Paulo. De uma população de 69.934 habitantes em 1890, a cidade saltou para 239.820 em 1900.
Novas construções, iluminação elétrica e linha de bondes sinalizavam o projeto de igualar a cidade às grandes capitais europeias. Mas essas iniciativas não resolviam problemas como a falta de saneamento básico ou as péssimas condições de higiene nas habitações populares – que podiam causar epidemias como as de tifo e febre amarela.
O texto permite estudar as condições e as técnicas urbano-sanitárias, bem como a escala espacial das ações do poder público, o projeto de cidade que se queria construir/remodelar e os habitantes das moradias dessa parte da população paulistana, em sua maioria imigrantes.
A reprodução fac-símile do documento ocupa as últimas 128 páginas do livro, juntamente com o Código Sanitário de 1894. Historiadores de diversas áreas contribuíram com textos de análise no novo livro, como Maria Stella Bresciani (Unicamp), Maria Alice Rosa Ribeiro (Unesp) e Jaime Rodrigues (Unifesp).
Título: Os Cortiços de Santa Ifigência: Sanitarismo e Urbanização (1893)
Organizadora: Simone Lucena Cordeiro
Páginas: 224
Preço: R$ 31,50
Mais informações: http://livraria.imprensaoficial.com.br
bacana
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